É no momento do
sono que nosso espírito se desprende do corpo físico, permanecendo ligado por
um cordão fluídico, e assume suas capacidades espirituais.
Como está
descrito no Evangelho Segundo o Espiritismo, “o sono foi dado ao homem para a reposição das forças orgânicas e
morais. Enquanto o corpo recupera as energias que perdeu pela atividade no dia
anterior, o espírito vai se fortalecer entre outros espíritos”.
Por isso a
importância de termos uma conduta moral aplicada, com boas companhias, leituras
e músicas. Nossas companhias do dia serão as da noite, ou seja, o nosso
pensamento vai atrair espíritos encarnados ou desencarnados que tenham a mesma
sintonia que a nossa.
É através dos
sonhos que temos contato com amigos, parentes, instrutores e desafetos. Dessa
forma, precisamos aproveitar o máximo para podermos ser esclarecidos sobre as
dificuldades que estamos passando. É através dessa conversa que teremos com
esses espíritos afins que poderemos, no dia seguinte, estarmos aptos a tomar
decisões mais precisas. Mesmo não lembrando do sonho na maioria das vezes,
através de uma visão, uma frase ou uma conversa, podemos lembrar de algo que
nos foi elucidado durante o sonho e, assim, podermos tomar a decisão correta.
Existem sonhos proféticos, em que a pessoa tem
visões de acontecimentos futuros? A experiência diz que sim. A Bíblia é
um repositório de fatos dessa natureza. Destaque especial para os sonhos do
faraó, interpretados por José, filho de Jacó, sobre anos de fartura e escassez
que se aproximavam.
Os sonhos do faraó falavam particularmente em sete
vacas gordas e sete vacas magras, algo nebuloso. É assim mesmo? Sonhos
proféticos exprimem, geralmente, intervenção de mentores espirituais. Eles não
falam de forma simbólica, mas a pessoa registra como simbolismo, em face da
dificuldade em fazer a transposição de uma experiência extracorpórea para o
cérebro físico.
Por que isso acontece? Nosso cérebro
tem registro objetivo apenas para experiência que passam pelos cinco sentidos –
tato, paladar, olfato, visão e audição. Essa é uma das razões pelas quais não
lembramos das existências anteriores. Ao reencarnar, ficamos na dependência de
cérebro “zero-quilômetro, sem registros do pretérito. Algo semelhante ao que
ocorre em relação às nossas atividades no plano espiritual, durante o sono.
É sempre assim? Há exceções, envolvendo pessoas
dotadas de uma mediunidade especial, chamada onirofania, que permite o registro
objetivo das experiências vividas no mundo espiritual durante as horas de sono.
Exemplos típicos são os sonhos de José, pai de Jesus, que, em inúmeras
oportunidades, foi orientado durante o sono por Gabriel, mentor espiritual de
elevada hierarquia que o acompanhava.
Pode não se cumprir um sonho profético? Sim, mesmo
porque, não raro, sonhos premonitórios apenas exprimem uma fantasia relacionada
com nossas preocupações. Um familiar viaja. Apreensivos, sonhamos com um
acidente. A premonição pode apenas exprimir um aviso da Espiritualidade para
que sejamos cuidadosos. É como se nossos mentores avisassem: “Há problemas na
estrada. Seja prudente! Vá com cuidado.”
Há premonições que não são meros avisos, mas a
antecipação de algo que fatalmente ocorrerá? Sim, envolvendo situações
difíceis, doenças, problemas e até a morte. A literatura psíquica é pródiga em
exemplos dessa natureza. O presidente Lincoln sonhou que acordava em plena
noite e, dirigindo-se para o salão principal da Casa Branca, notou que havia um
velório. Perguntou a um soldado, que lhe respondeu que era do presidente, que
fora assassinado. Comparecendo a um teatro, naquele mesmo dia, Lincoln foi
morto num atentado.
Há diversos
estudos sobre os sonhos na parapsicologia, tentando desvendar esse enigma que
nos afeta sempre que acordamos na intenção de decifrarmos algo que às vezes é um sinal, outras não passa de meras
imagens sem significado. Antigamente, os sonhos eram considerados visões
proféticas e reveladoras do futuro, onde homens entravam em contato com deuses
e demônios. Muitas vezes, suas interpretações ligavam-se a superstições,
numerologia, crendices, astrologia, entre outros.
Ainda hoje, pessoas aproveitam da ignorância dos homens
sobre o assunto e ganham dinheiro fácil na interpretação dos sonhos de quem as
procura com o intuito de decifrá-los. Assim, tornam-se vulneráveis nas mãos
de gente insensata ou espíritos zombeteiros, levianos e obsessores.
Portanto, nós
espíritas não buscamos a interpretação dos sonhos. Mas, respeitamos aqueles que
buscam e acreditam.
Grupo de estudos
Allan Kardec
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