Divaldo conta uma história real, que leu
na revista Seleções, escrito pelo próprio autor da tragédia: O PAI.
Este contou que dava tudo ao filho.
Mudou-se de casa para dar-lhe mais conforto, piscina, brinquedos, etc. Mas para
proporcionar tudo isso teve que trabalhar mais e, consequentemente, ausentar-se
mais.
O filho foi crescendo, e cada vez que o
pai chegava de viagem, a esposa tinha uma novidade do filho. Mas o pai sempre
achava que era “coisa” da esposa. Ela chegou a pegar droga no quarto do filho,
e o pai dizia que era normal, que todos experimentam droga um dia. E quando
conversava com o rapaz, este sempre tinha uma desculpa. Ele dizia que
experimentou, mas não gostou, ou dizia que a droga não era dele, enfim,
“enganavam-se.”
Um dia, o pai ao voltar de viagem, soube
que o filho estava na UTI de um hospital, porque havia tomado um over dose, ele
era um toxicômano.
Então, após alguns dias, o rapaz recebeu
alta hospitalar, mas a família foi alertada que, se o rapaz continuasse a usar
drogas, morreria em poucos meses.
Os pais redobraram a vigilância e
cuidado com o filho. Mas, um dia, o filho pediu a chave do carro. Os pais
disseram que não dariam, pois ele não estava bem, e poderia matar alguém no
trânsito. O filho começou a gritar, exigir e ameaçar. O pai correu até o
quarto, pegou uma arma e voltou até onde estava a discussão. O filho correu até
a cozinha, pegou uma faca e avançou sobre os pais. O pai gritou e disse para
que o filho não avançasse, porque ele seria obrigado a atirar. O rapaz alterado
disse para o pai matá-lo, mas antes mataria os dois e pegaria a chave do carro.
Quando o rapaz avançou, o pai atirou. O filho caiu, e morreu.
O pai foi ao tribunal, e lá disse que
matou porque se não matasse outros inocentes morreriam. Disse também que ele e
a esposa mereciam morrer, pois não souberam educar, e que criaram um monstro. E
por fim, afirmou perante o júri que estava triste, transtornado, mas não estava
arrependido do que havia feito. Este pai foi absolvido unanimemente. Mas, até
hoje ele se pergunta: “Onde eu errei?”
Divaldo, então, disse: O pai da história
não era um pai, era um fornecedor, era uma empresa que dava coisas. Porque o
pai e a mãe não são empregados dos filhos ou empresas fornecedores de coisas,
são “educadores”. Deus confia a alma para a pessoa poder dignificá-la, para
educá-la, para protegê-la de si mesmo (não deixando aflorar os erros, as falhas
e vícios do passado, para que ela não erre novamente), e não para
sobrecarregá-la de coisas vãs, que irão conduzi-la para um estado patético
(como no caso do toxicômano).
Nessa narrativa, não se ouviu uma vez
sequer o pai dizer o nome de Deus, ou que ele colocou o filho no colo e o
ensinou a oração dominical, para que ele conhecesse o Pai dos pais. Não podemos
nos atrever a dizer que o pai errou, mas podemos dizer que faltou no seu
programa de educação a auto doação e a educação religiosa. Porque a família é
um grupo social, onde aprendemos os nossos direitos e nossos deveres. Na
família, os pais tem deveres para com os filhos e os filhos além de respeito
para com os pais, tem deveres com eles, mesmo quando são injustos. Porque os
filhos têm a tarefa de construir o seu porvir, e mais tarde ser o que o pai não
foi para ele.
Com a visão reencarnacionista, podemos
entender as diferenças de comportamento, e o nosso compromisso fica mais claro.
Nós não nos juntamos dentro de um lar por acaso. Por isso, a proposta do
Espiritismo é que: “O MELHOR É VIVER EM FAMÍLIA, APERTE ESTE LAÇO.”
História contada por Divaldo Franco
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