terça-feira, 27 de fevereiro de 2018


OS ESPÍRITOS E SUA INCORPORAÇÃO NA UMBANDA

Este é um dos pontos essenciais para a melhor compreensão da importância dos trabalhos de umbanda. Em linhas normais gerais, vamos descrever a forma como um espírito se “incorpora” no médium.
Como já temos afirmado no mundo etéreo e no mundo astral tudo é vibração e, normalmente as vibrações do mundo astral e do mundo etéreo não interferem, não se interceptam, não se cortam, nem se cruzam com as vibrações do mundo material.
Normalmente dizemos, porque assim é de acordo com as leis naturais do universo, se assim não fosse toda gente estaria vendo ou ouvindo os espíritos a cada momento.
O desenvolvimento da mediunidade de uma pessoa tem por finalidade ligar as vibrações do corpo material com as vibrações do éter e do astral; Quando essa ligação ou cruzamento é perfeita, o médium está bem desenvolvido e, para que ela se verifique, é que na umbanda são feitas as cerimônias do cruzamento do batismo, da confirmação, cruzamento e lavagem de cabeça.
No corpo do médium há alguns centros nervosos, havendo os chamados pares nervosos, que ligam a espinha dorsal com esses centros, há pessoas que tem esses centros muito ativos, desenvolvendo por isso facilmente a sua mediunidade.
Vamos indicar, nas suas linhas gerais como se da à incorporação: quando se dá o inicio de uma sessão, puxa-se um ponto e risca-se também o ponto de segurança, o ambiente vai se encher das vibrações do defumador, as quais pela sua própria força, penetrando no plano etéreo, ativam as vibrações desse plano e, juntamente com o canto do ponto puxado, dão uma espécie de aviso às entidades do mundo invisível.
Ao contato das vibrações do defumador e do canto, o éter transmite ao astral essas vibrações, as quais aceleram os fluidos do astral, no setor em que vivem os espíritos que estão sendo chamados.
Dá-se então a aproximação ou descida dos espíritos para os terreiros, num movimento vibratório correspondente ao análogo ao ponto puxado; dessa forma estabelece-se uma corrente magnética entre a aura do espírito e a aura do médium, essa corrente magnética passa pelo ponto riscado envolvendo o guia ou protetor ou mesmo o chefe do terreiro que estiver incorporado, não se desfaz o ponto riscado, isso somente é feito depois de terminado o ponto de despedida, isto é depois que o guia já voltou para o astral.
A incorporação propriamente dita dá-se do seguinte modo: os pares nervosos da espinha dorsal do médium acham-se num certo grau de vibração em harmonia com a aura do guia, que é resultante do canto do ponto puxado e pelo ponto riscado, assim como pelo perfume do defumador.
O guia faz a sua incorporação, apoiando-se nesses centros e fazendo vibrar os centros cerebrais do médium, os quais já estarão preparados pela confirmação e pela lavagem de cabeça, quando os centros cerebrais estão vibrando de maneira total, então a incorporação pode-se dizer que é completa, ou melhor, é perfeita, pois o médium não tem consciência do que esta fazendo, nem das palavras que está pronunciando.
Obs: (dependendo do grau de mediunidade e/ou de vibração com a entidade ou até mesmo com o tempo e por tanto com a afinidade entre ambos a incorporação pode se dar consciente, semiconsciente ou inconsciente).
Tratando-se de um médium que já esteja bastante desenvolvido então ele terá um procedimento honesto e acima de tudo caridoso, não sentindo vaidade, neste caso a incorporação realiza-se em poucos segundos e com tal naturalidade, que quase não é notada pelos demais.
Falando agora dos pretos velhos, devemos dizer que eles se incorporam de modo bastante suave, ao passo que os caboclos, muitas vezes se mostram muito bruscos na incorporação, devemos dizer que isso se verifica porque o médium, ou tem alguma falha que precisa ser corrigida, ou ainda não habituado, ou pode mesmo ter havido algum engano no ritual, pois que os bons médiuns recebem os caboclos sem darem mostras de qualquer violência.
Na desincorporação o guia começa por deixar os centros cerebrais, em seguida os centros nervosos da espinha dorsal havendo a mesma suavidade nessa operação, quando o médium está bem desenvolvido.
As incorporações quando não são bem feitas é que dão ocasião aos movimentos desordenados do médium ou então a sua meia consciência do ambiente, muitas vezes acontece que o guia nem chega a incorporar e se mantém ao lado ou por cima do médium, isso cansa muito o médium o qual deve se preparar para melhorar a sua mediunidade.
Há incorporações demoradas e outras que não duram muito o guia é quem julga ou decide se deve ou não demorar incorporado, mas o fato é que estando bem desenvolvido, levando uma vida honesta, as incorporações são mais ou menos longas e não cansam o médium, que se beneficia dos bons fluidos do seu guia.
Este é um pequeno resumo, lembrando que o estudo deve ser constante.



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